
No dia da Consciência Negra, o ministrante Luis Gustavo Reis, graduado em História pela USP, mestre em História pela UNIFESP, pesquisador do Laboratório de Pesquisa de História das Américas (Lapha-Unifesp), e com mediação da Profa. Dra. Maria Aparecida de Menezes Borrego (Supervisora do Museu Republicano de Itu/Museu Paulista da USP, apresentarão a live “Escravidão e protagonismo em São Paulo colonial: a trajetória de Tebas, um mestre de obras”.
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Tebas foi um escravizado que viveu em São Paulo entre 1733 e 1811. Conhecido por suas habilidades como mestre de obras, foi responsável pela construção e reforma de diversos equipamentos da cidade, entre eles a Catedral da Sé, o Chafariz da Misericórdia e o Cruzeiro Fransciscano de Itu. Algumas de suas obras atravessaram os séculos e são visíveis até hoje na paisagem da cidade.
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A obra de Tebas, construtor negro do século 18, é restaurada em Itu. Raridade, de 1795, o cruzeiro de São Francisco é um dos poucos remanescentes de seu tipo no país e um dos três únicos trabalhos documentados ainda existentes do mestre pedreiro Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas – construtor negro por trás de icônicas obras paulistas do século 18.
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A memória é um campo de disputa permanente, e Tebas não esta imune a ela. Da tentativa de inviabilizá-lo no começo do século XX ao risco da mitificação em nosso tempo, a raça sempre foi o elemento político: a cor da pele soterrou o ser humano.
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A live será no dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, das 10h às 11h, com transmissão em libras
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A tranmissão da live: https://www.youtube.com/watch?v=s3hnjbWDmDc